sábado, 3 de outubro de 2015

Resenha #35 - O Menino do Pijama Listrado

 


  Nome: O Menino do Pijama Listrado
  Autor: John Boyne
  Editora: Cia das Letras
  N° de Páginas: 185


  Tenho esse livro desde o natal de 2014, estava enrolando cada vez para ler este livro até que surgiu uma luz e senti que estava na hora de lê-lo. Fiquei com um pouco de receio por já visto o filme anos atrás e saber o final da trama, não nego que isso atrapalhou quantitativamente com o quanto o livro se ligou a mim, mas nada impediu que algumas lágrimas escorressem pelos meus olhos no meu de uma aula de geografia - sim! Terminei o livro no meio da aula de geografia. Fiz uma pesquisa sobre outros títulos de John Boyne e ele segue essa linha tênue sobre guerras, sofrimento e visão infantil sobre tais assuntos (inclusive ele tem outro título nessa linha que, curiosamente, se chama ''O Garoto no Convés'', haja tantos garotos e meninos para sofrerem nos livros dele).

 O livro se ambienta na Segunda Guerra Mundial e estamos na pele de Bruno, um garoto de nove anos que mora em Berlim e se considera um explorador até que um dia ele chega a sua casa e vê Maria, uma criada de sua casa, remexendo em suas coisas e arrumando as suas malas, Bruno descobre que ele está de mudança para outro lugar no qual é dito apenas que é mais longe que alguns quilômetros e muito frequentemente é dito que tudo isso aconteceu após o jantar com tal de '' Fúria'' ( mais para frente explico quem é o fúria ) que designou para o pai de Bruno o papel de trabalhar em outro lugar fora de Berlim.
  Bruno, Gretel ( sua irmã ), sua mãe e seu pai chegam em um lugar muito distante da cidade com uma casa pequena ( ? ) de apenas 2 andares que vivia cheia de soldados e tenentes tal lugar se denominava ''Haja-Vista'' ( também explicarei esse nome mais para frente ) como não tinha nenhum amigo para brincar Bruno decide ver o que há além da casa pela sua janela e lá ele avista um local com uma cerca e cheio de pessoas ''excluídas'' vestidas de pijamas listrados. Paralelo à chegada da família de Bruno à Haja-Vista, é contado o jantar em que o Fúria e Eva ( já da para imaginar quem ele é ? ) vão e o Fúria conta da mudança que seria gerada na família.



'' O ponto que virou uma mancha que 
virou um vulto que virou um menino '' 



   Em um dia, Bruno decide ir fazer algo que ele sempre fazia em Berlim, explorar! Com isso ele caminha entre a floresta e chega naquele lugar cheio de cercas e pessoas com pijamas listrados e lá ele encontra um garoto careca sentado eis esse Shmuel. Ambos os garotos conversam se apresentam e Bruno não entende o motivo pelo qual do lado da cerca de Shmuel não se pode haver diversão e felicidade. Meses se passam e Bruno começa a visitá-lo todos os dias, até que há um dia onde haverá uma festividade importante na casa de Bruno e ao ir para a cozinha comer algo, ele dá de cara com Shmuel que estava cortando legumes da forma como o tenente o obrigou, Bruno dá comida para ele no qual não recusa e se alimenta, mas alguns segundos depois o tenente chega e vê a cena e logo castiga Shmuel.
  Bruno descobre através de ouvir conversas escondidas atrás da porta, de que sua mãe e seu pai estavam concordando em que era o momento para voltar à Berlim, pois em Haja-Vista não era um lugar correto para se criar crianças como Bruno e Gretel, logo tal acontecimento é oficializado e para comemorar Bruno decide fazer um plano para conhecer Shmuel pessoalmente, e é a partir disso que ocorre o desfecho do livro ( estes são os últimos 2 capítulos do livro ).

   Eis agora algumas considerações e explicações que devem ser feitas, na época da Segunda Guerra Mundial, Hitler era tratado de Fuhrer que é foneticamente parecido com Fúria e por Bruno ser uma criança, ele não soube pronunciar e ficou parecido com Fúria - há o trecho onde isso ocorre - o mesmo se dá por Haja-Vista que é foneticamente parecido com o campo de Auschwitz.
  Um trecho que é meu favorito é onde após uma discussão com o pai, Bruno vira e sai andando e seu pai diz que ele esqueceu algo, nisso o garoto faz a saudação nazista ( Heil Hitler ) e entre parênteses há os pensamentos dele nesse momento que são '' para mim aquilo significava como um até mais '' isso demonstra claramente a inocência das crianças alemãs em relação ao momento que tais se encontravam.
  Achei o livro com uma linguagem muito infantil, não por ser narrado por uma criança de nove anos, mas por não fazer uso de diálogos através de dois pontos e travessão, mas com apenas o uso das aspas, mas o livro todo em si é excelente e super indicado para uma iniciação ao assunto da 2ª Guerra Mundial entre crianças e adolescentes, sendo considerado por mim uma leitura obrigatória nas escolas.
  É isso meu povo, até o próximo post ! Nos siga no Facebook para mais resenhas e siga o blog para receber notificações de posts <3



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